Foto por George Guimarães |
A Sea Shepherd Conservation Society – SSCS foi fundada em 1977, nos Estados Unidos, pelos fundadores do Greenpeace, que, ao engajarem-se nesse novo projeto, criaram um movimento de caráter mais ágil, objetivo e ativista. Atualmente, a Sea Shepherd é considerada a ONG de proteção dos mares mais ativista do mundo e conta com a participação efetiva de milhares de voluntários em todo o planeta.
Nestes mais de 30 anos de atuação, a Sea Shepherd e seus voluntários ficaram conhecidos como piratas dos mares, depois de afundar 10 navios baleeiros ilegais e abalroar e impedir a pesca de inúmeros barcos pesqueiros ilegais.
A Sea Shepherd Conservation Society é baseada nos Estados Unidos e possui escritórios na Austrália, Canadá, Inglaterra, Holanda, França e África do Sul
Nestes mais de 30 anos de atuação, a Sea Shepherd e seus voluntários ficaram conhecidos como piratas dos mares, depois de afundar 10 navios baleeiros ilegais e abalroar e impedir a pesca de inúmeros barcos pesqueiros ilegais.
A Sea Shepherd Conservation Society é baseada nos Estados Unidos e possui escritórios na Austrália, Canadá, Inglaterra, Holanda, França e África do Sul
Há pouco mais de seis anos eu tive meu primeiro contato pessoal com a tripulação da Sea Shepherd, inclusive com o Capitão Paul Watson, quando dividimos a mesma mesa como palestrantes em uma conferência de direitos animais nos EUA. Desde então a minha admiração pela organização aumentou na mesma medida em que aumentava a minha compreensão sobre a eficiência dos seus métodos.
Há pouco menos de dois anos eu me alistei para participar da campanha contra a caça de baleias na Antártida, me dispondo a tripular o Steve Irwin, o único navio operando nessa campanha na época. Como não tenho qualquer experiência com navegação marítima, a minha chance de ser convocado não era grande, uma vez que todos a bordo têm um papel a desempenhar e todos eles estão relacionados à manutenção e operação do navio. Fiz um curso e me licenciei como Arrais Amador (licença para pilotar pequenas embarcações), que traz um conteúdo meramente teórico.
Enviei novamente a minha matrícula em 2010 e continuei aguardando que a convocação chegasse, mas sem grandes expectativas, pois desde que a campanha Antártica da Sea Shepherd foi transformada em série televisiva (Whale Wars, do Animal Planet, a série de maior sucesso em toda a história do canal, já com três temporadas – a partir da campanha atual será produzida a quarta temporada da série), o número de voluntários alistados aumentou consideravelmente e muitos deles com qualificação específica para a operação marítima.
Desde 2008, a frota operando na campanha Antártica aumentou em duas embarcações e com isso o número total de tripulantes aumentou de 35 para 90 voluntários vindos de 22 países (o Paul está jantando na mesa enquanto escrevo esse texto e, pedindo a confirmação sobre esse dado, ele me corrige dizendo que são 88 pessoas, “Crazy 88, como o nome da gangue de Lucy Liu em Kill Bill ”, diz ele, que sempre acrescenta uma referência histórica, bibliográfica ou cinematográfica para quase tudo o que diz). Com esse aumento na demanda por voluntários, apesar da minha nula experiência com a vida marítima, aumentaram as minhas chances de ser convocado.
Em abril de 2010 voluntariei para auxiliar na preparação do navio para a campanha Blue Rage, que combateria a pesca ilegal de Atum Azul no Mediterrâneo. Para essa primeira edição da campanha, o navio foi preparado em Nova Iorque , onde durante os cinco dias em que trabalhei no navio, pude interagir com a tripulação e me familiarizar com o trabalho. Foi nessa oportunidade que conheci o Gunter, tripulante brasileiro já atuante há muitos anos nas embarcações da Sea Shepherd, servindo como Primeiro Oficial na campanha atual.
Agradeço a todos os que torceram para que eu recebesse a convocação para estar a bordo, ao Gunter e à Roberta pela recomendação, aos meus pais pelo apoio na viabilização da minha chegada à Nova Zelândia e aos meus filhos, que apesar do cancelamento de última hora da nossa viagem de férias, demonstraram total apoio à minha participação como tripulante nessa campanha. Já faz algum tempo que eles vêm sendo apresentados à Sea Shepherd e seus métodos por meio de vídeos e histórias e de certa forma torciam para que eu fosse convocado. Eu estava com eles no momento em que recebi a convocação e, quando consultados sobre a possibilidade de cancelarmos a nossa viagem para que eu pudesse me unir à campanha, eles não hesitaram em me apoiar.
Comunicação a bordo. Esse blog será atualizado na frequência que for possível e com as informações que forem autorizadas. Para se comunicar comigo, escreva para secretaria@veddas.org.br e, havendo importância, a mensagem será encaminhada para um endereço de e-mail compartilhado usado pela tripulação. Essa é a única maneira de comunicar-se comigo e a mensagem pode levar dois dias até que seja encaminhada, aprovada e lida. O tempo da minha permanência a bordo está previsto para cerca de 40 dias, podendo variar por múltiplos fatores. Portanto, todas as mensagens enviadas para outros endereços (e para esse, caso não seja considerada urgente para ser encaminhada) serão lidas em meados de fevereiro.
Veja também as atualizações sobre Operação No Compromise diretamente no site da campanha: www.seashepherd.org/no-compromise